Eu amo história e adoro saber como surgiram as coisas, o porque dos nomes de lugares, etc, etc....
Uma bem bacana é sobre o piso de caquinhos que era muito comum nas casas da cidade de São Paulo, entre as décadas de 40 e 50 do século passado.
Na cidade havia duas indústrias cerâmicas principais. Um dos produtos dessas cerâmicas era um piso composto por quatro quadrados iguais, produzidos nas cores vermelha, a mais comum e mais barata, amarela e preta.
Pesquisei para ver se encontrava os nomes destas indústrias, ou o bairro em que se localizavam mas não encontrei, o que consegui saber é que a maioria das cerâmicas paulistas eram de imigrantes e descendentes de italianos e portugueses. E a localização das empresas estava diretamente relacionada à proximidade da fonte de matéria-prima; as cerâmicas da Capital, por exemplo, estavam quase todas instaladas nas áreas de várzea do Rio Tietê, nos bairros da Água Branca e da Barra Funda.
Muito material era quebrado e, sem interesse econômico, era juntado e enterrado em grandes buracos. Certo dia, um dos empregados de uma das cerâmicas, que estava terminando a sua casa, lembrou de todas as lajotas quebradas que estavam sem uso e enterradas, e pediu para recolher parte deste material para pavimentar o terreno da sua nova casa.
E a moda pegou tanto que faltou caquinho, então as cerâmicas passaram a quebrar as peças inteiras para vender! E é claro que os caquinhos ficaram supervalorizados.
Hoje é raro vermos este tipo de piso por aí, mas faz parte da história de São Paulo e merece ser lembrada com carinho por nós paulistanos.
Quem se lembra?????
Usada em fachadas de muros também |
Esta belezura antiga era localizada no número 275 da rua Omachá , bairro da Penha, e foi demolida aproximadamente em dezembro de 2010 |
Obrigada pela visita! Volte sempre!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário. Sua opinião é importante!