Na história da
humanidade poucos fatos são tão importantes, ou celebrados com tanta
tristeza como a data de 6 de agosto. Há
70 anos o mundo conheceu a mais devastadora arma de destruição em massa. A
bomba atômica lançada sobre Hiroshima causou
a morte de 240 mil pessoas.
Milhares de visitantes todos os dias vão ao Museu da
Paz, em Hiroshima. Tudo o que está exposto por lá nos remete ao dia 6 de agosto
de 1945, quando a bomba atômica explodiu no céu da cidade.
Na saída, uma
senhora chamada Chieko Kawashima entrega a cada
visitante um passarinho feito de papel. Um carinho, mas também uma
mensagem.
Ela trabalha no
museu desde 2009 e é uma das guias do local. Entre conversas e explicações,
seja para estudantes de Hiroshima ou para os turistas estrangeiros, poucos
sabem que ela também é uma sobrevivente da bomba, tinha apenas oito meses
de vida quando houve o ataque à cidade de Hiroshima. Perdeu a casa onde
morava, parentes, cresceu com problemas de saúde e até hoje faz exames.
No museu, acha
importante dividir, explicar tudo que está ali. "Muitas
crianças não entendem o que está exposto; mas elas fazem anotações, escutam o
que eu digo. Depois que crescerem, vão compreender", diz. Para ela,
ninguém pode esquecer o que ocorreu em Hiroshima e os passarinhos têm essa
missão: levados pelos visitantes do mundo todo, são a melhor maneira de
espalhar a mensagem de paz .
Todo mês de
agosto, quando relembram a devastação atômica de 1945, os japoneses fazem
pássaros de origami para pedir que a tragédia nunca volte a se repetir.
Essas lembranças estão ligadas à Sadako Sasaki, vítima da bomba de Hiroshima. Ela fazia as dobraduras como uma forma de suportar as consequências da radiação que a fez adoecer e morrer aos 12 anos, em 1954.
Para preservar a memória, seu irmão, sobrevivente da hecatombe, fundou
uma ONG e vem dando palestras pelo Japão. Masahiro Sasaki só conseguiu guardar
cinco pássaros feitos por sua irmã, que tinha dois anos quando a bomba destruiu
sua casa. Aos 71 anos, ele está decidido a doar os origamis a memoriais pelo
mundo.
— A tristeza desses memoriais é a mesma de Sadako. Queremos espalhar seus origamis pelo mundo na esperança de que tragédias como essas não ocorram mais — disse Sasaki.
— A tristeza desses memoriais é a mesma de Sadako. Queremos espalhar seus origamis pelo mundo na esperança de que tragédias como essas não ocorram mais — disse Sasaki.
Fonte: O Globo
Obrigada
pela visita! Volte sempre!
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